A incontinência urinária é um problema comum na população, afetando mulheres e homens de todas as faixas etárias. No entanto, é mais comum em mulheres pós-menopausa ou homens submetidos à cirurgia prostática. Estima-se que, no Brasil, mais de oito milhões de pessoas apresentem alguma forma de incontinência, porém esse número pode ser maior, até pelo constrangimento em se procurar auxílio. É um distúrbio que causa uma série de desconfortos e problemas, de ordem física, psicológica e de convívio social. Muitas pessoas com essa condição simplesmente evitam ambientes públicos pelo constrangimento causado pela perda de urina.

Os atos de urinar e segurar a urina são o resultado da perfeita coordenação entre o músculo da bexiga, chamado de músculo detrusor, e o esfíncter urinário. Quando estamos armazenando a urina, a bexiga se relaxa e se enche, enquanto o esfíncter se mantém contraído, como um registro fechado, impedindo a saída da urina. Ao urinarmos, ocorre o contrário, ou seja: o esfíncter (o registro) se abre enquanto a bexiga se contrai para eliminar a urina. Qualquer problema nesse complexo e coordenado mecanismo pode levar à perda de urina.

Normalmente a incontinência urinária é dividida entre incontinência aos esforços e incontinência de urgência, ou urgeincontinência. Podem inclusive existir os dois tipos combinados na mesma pessoa. Sendo assim, uma avaliação precisa e individual é necessária, pois existem tratamentos diversos e utilizados de acordo com o tipo de perda urinária.